quarta-feira, 9 de abril de 2008

SOLIDARIEDADE

“Esse problema não é meu!”

É muito comum ouvirmos a célebre frase acima, quando tratamos de questões sociais.
Lamentável, eu diria, sabermos que no século XXI o homem ainda não se deu conta de sua responsabilidade sócio-política sobre as necessidades do mundo e dos seus semelhantes.
Para muitos, a culpa é do governo que não honra os compromissos assumidos perante os seus eleitores; para outros, a culpa é da própria sociedade que permite a presença de moradores nas ruas, ou seja, aquelas pessoas horrorosas, que cheiram mal, enfeiam a cidade, roubam e ainda por cima, usam drogas.
Por outro lado, há aqueles que buscam compreender a realidade e a dinâmica das esferas empobrecidas, com o intuito de, pelo menos, minorar a dor e o sofrimento desses grupos excluídos pelas injustiças sociais.
São os cidadãos voluntários: pessoas que dedicam, no mínimo, uma hora de sua semana a um trabalho solidário.
A falta de políticas públicas resulta na degradação, na perda da dignidade e na violação dos direitos do homem.
Esperar pela oportunidade ou pela burocracia que rege nosso sistema, é o mesmo que fingir a inexistência de tais problemas.
Se, de fato, somos engajados e comprometidos conosco mesmo, efetivamente, somos comprometidos com a sociedade.
Não dá para dizer que “esse problema não é meu”. Não dá para transferir para o outro a responsabilidade que é nossa.
A prática da solidariedade é o mínimo que se espera nesse momento de transição, nesse momento de transformação do mundo e do homem para um mundo de regeneração, justiça e paz!

Sandra Ap. R. de Almeida

2 comentários:

Marco Aurelio disse...

Sandra poderia nos dizer um pouco sobre como podemos ser solidários, e como refletir sobre esse problema?

Anônimo disse...

Marco, é muito simples: basta o desejo de ver nosso mundo melhor e empenhar-se para isso.
No caso do "Rango para a turma da rua", nós (minha comitiva)conseguimos algumas doações de alimentos para fazê-lo. Quando não recebemos, compramos o que é possível e fazemos do mesmo jeito. O importante é não falhar com eles. Além disso, estamos em constante campanha: do agasalho, do pijama, do cobertor, do enxoval de bebê, sapatos, enfim, tudo o que recebemos é bem-vindo e aproveitado. Existem situações em que organizamos festas (sempre beneficente) ou rifas, vistamos asilos, orfanatos, animamos eventos sempre com o intuito de auxiliar. Muitas pessoas não têm tempo de nos acompanhar então, trabalham nos bastidores, na coleta de doações para que possamos distribui-las.
É assim que caminhamos e nos sentimos felizes. Se você quiser colaborar, seja bem-vindo.
Um abraço,
Sandra.