quarta-feira, 28 de maio de 2008



O eterno movimento de agradar, mas com meias não dá!

Na semana passada, sai para comprar um presente para um familiar que estava fazendo aniversário. Devo confessar que sou péssimo para tal atividade e parece que cada ano que passa, venho piorando em minha forma de presentear. Não cheguei a ponto de dar meias de presentes, apesar de que não é má idéia, afinal todo mundo usa meias, mas ninguém gosta de ganha-las como presente ou pelo menos não comentam para não desagradar ao outro que está presenteando. Afinal ninguém quer ser reconhecido como a pessoa que não sabe dar presente ou com aquela pessoa difícil de presentear. Enfim, este movimento é um tema bastante complexo em nossa existência, já que o mesmo está relacionado a uma questão de sobrevivência psíquica e social, necessitamos desse recurso em nossas interações com o meio e mesmo que relutemos contra esse movimento, esse evento ocorre sem termos consciência desse fato. O medo de desagradar o outro está relacionado diretamente ao sentimento de desamparo (necessidade do outro), uma característica humana que surgi logo após o nascimento. É esse sentimento que faz com que a mãe crie um vinculo com o seu bebê e o bebê com sua mãe, na qual esse processo será primordial no seu desenvolvimento, físico, social e psíquico. Segundo Winnicott, A função materna frente à criança vai alem do acolhimento de suas necessidades orgânicas, já que essas funções estão interligadas com outras necessidades do bebê. A mãe será responsável pela apresentação do objeto (meio social) para criança, facilitando assim o seu processo de individuação e desenvolvimento frente ao meio. Mas é claro que esse movimento não é tão simples assim, as falhas fazem parte desse processo, por isso o conceito do autor de mãe suficientemente boa, essas falhas irão estruturar alguns aspectos da personalidade do individuo. Quando tento agradar o outro e renego as minhas próprias necessidades em uma determinada situação, estou apresentando uma característica de personalidade denominada Falso Self. Resumindo, o falso self é uma estrutura de personalidade designada a atuar em um determinado momento da vida do individuo, com intuito de atingir um objetivo, renegando o seu próprio eu. Mas por que fazemos isso? Porque não conseguimos elaborar o sentimento da perda e para evitar tão situação, utilizo desse recurso para não vivenciar tal sofrimento, mesmo que para isso eu renegue o meu próprio eu. As conseqüências são inúmeras, mas gostaria de utilizar um trecho de uma musica da Legião Urbana, onde Renato Russo quase sem querer explica tao evento:
“Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém”
- Legião Urbana,
Quase sem querer.


Excelente semana a todos e se alguém tiver algumas dicas de como presentear estarei aceitando sugestões.
Ricardo Marcon

terça-feira, 27 de maio de 2008

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO APRENDIZADO DA CRIANÇA

Em um mundo moderno, percebemos que cada vez menos há espaço para as tradicionais brincadeiras infantis no cotidiano das nossas crianças.
A invasão de computadores, jogos eletrônicos, mp3 player, mini-games, dentre outros, ganhou a atenção dos pequenos, oferecendo-lhe um mundo virtual e cheio de fantasia, mas até que ponto isso pode ser sadio?
Sabemos que vivemos numa realidade tecnológica e que esses aparelhos são de extrema importância para o crescimento das crianças, porém alienar-se tão cedo a eles pode causar algumas falhas no seu processo de desenvolvimento.
Tenho trabalhado, tanto com educadores como em sala de aula, projetos culturais onde têm como principal objetivo resgatar essa parte da infância que vem sendo perdida na linha do tempo. O brincar auxilia no desenvolvimento da criança nos aspectos cognitivo, corporal e criativo, assim como enfocariam Vygotsky e Piaget, em suas teorias.
Utilizar o jogo e a brincadeira no cotidiano escolar, ou em casa, é uma ferramenta para que a criança se desenvolva de uma forma sadia. Os equipamentos eletrônicos são úteis sim, porém com uma dosagem menor e bem melhor direcionada.

Aliás, você já brincou hoje com seu filho ou seu aluno?
Abraços.
Prof. Alessandro de Souza.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fantástico, não vou comentar nada pra não estragar. Depois comento sobre os comentários.



grande abraço,

Marco Aurelio

sexta-feira, 16 de maio de 2008


Seriously

Ah, a terceira coluna!
Provavelmente estou em débito com o Marco.
Tentarei melhorar. Seriousl...

Medalha de Prata

Estreiou no último feriado a mais nova adaptação (don’t you just love them..?) dos quadrinhos da Marvel. Depois dos carros-chefes X-Men e Homem-Aranha, seguido pelos quase-segundo-escalão Quarteto Fantástico (e Surfista Prateado) e Hulk, chegou a vez do Homem de Ferro.

Pela primeira vez em uma adaptação cinematográfica de um herói da “Casa das Idéias”, o financiamento foi todo da editora. E assim, com tanta expectativa, o filme traz o multi-bilionário Anthony “Tony” Stark, que, com liberdade poética da transposição dos quadrinhos para a telona, para lidar com sua condição física, constrói uma armadura que é uma máquina de guerra.

Don’get me wrong... a mudança da origem do herói ficou bem razoável, comparável ao novo caminho que Batman tomou com a direção de Cris Nolan. Em tempos de Guerra contra o Terror, nada mais justo que o solo afegão seja o cenário da criação do personagem-título.
E lá, em dentro de uma caverna digna de Osama bin Laden, com apenas algumas chapas de metal, um palito de dente e goma de mascar, o genial engenheiro Tony Stark faz a primeira versão de sua armadura, deixando McGyver com inveja, onde quer que ele esteja. Sem o charme e cores vibrantes da versão definitiva, mas com lança-chamas.

Um grande herói só se faz com um grande vilão. Neste caso, mais um problema para o “invencível”* Homem de Ferro. O vilão é fraco. E esse é o principal problema dos heróis menos conhecidos pela maioria. Tivessem todos os heróis um Coringa, Magneto ou simplesmente um grande olho em cima de uma montanha...

Efeitos especiais de primeira linha, é claro. O mínimo que se pode esperar de uma produção desse porte.
Elenco tão bom quanto. Por vezes, não é o que acontece com produções desse porte.
Gwineth Paltrow faz a mocinha de forma competente (esperamos que ela não pare de fazer filmes, como apareceu no UOL outro dia), e Robert Downey Jr. ressurge como o protagonista bon vivant de pensamento rápido e humor ácido. E que “ficou” com as doze capas da Maxim (Maio na verdade não, mas em Dezembro foram gêmeas).

Só não leva a medalha de ouro por pequenos detalhes.
*: o Homem-Aranha é o “amigo-da-vizinhança” e é Espetacular, assim como os X-Men são Fabulosos. Tenho quase certeza que esses “títulos” foram citados. O Homem de Ferro é Invencível. Nerd stuff.
Deixemos isso para as continuações.

Mas o motivo real é que Tony Stark era alcólatra. No filme ele é tratado simplesmente como um bon vivant. E isso faz diferença.
[Fã reclamão apontando falhas no filme MODE OFF]
E olha que eu não conheço muito do Invencível Homem de Ferro...

Go!
Estréia neste fim de semana, a adaptação (Don’t you just...) de Speed Racer.
Musiquinha viciante na cabeça e irmãos Wachowski na produção são motivos mais do que suficientes para uma sessão de cinema.

Seriously
Só porque é a terceira coluna e ninguém perguntou.
Chama assim por causa do momentâneo vício em Grey’s Anatomy.
Sony já na quarta e ainda preciso ver a terceira temporada...
TheForce

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Preciso dizer alguma coisa?

Acho que não preciso dizer nada.

grande abraço,

Marco Aurelio

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Musashi


Sinopse retirada do site do submarino.
Este romance épico baseado diretamente na história japonesa narra um período da vida do mais famoso samurai do Japão, que viveu presumivelmente entre 1584 e 1645. O início é antológico, com Musashi recuperando os sentidos em meio a pilhas de cadáveres do lado dos vencidos na famosa batalha de Sekigahara. Perambula a seguir em meio a um Japão em crise onde samurais condenados ao desemprego e à miséria por senhores feudais derrotados semeiam a vilania ditando a lei do mais forte. Musashi será mais um dentre estes inúmeros pequenos tiranos, derrotando impiedosamente quem encontra pela frente até que um monge armado apenas de sua malícia e alguns preceitos filosóficos zen-budistas consegue capturá-lo e -lo rudemente à prova. Musashi consegue fugir graças a uma jovem admiradora, para ser novamente capturado, e agora fica três anos confinado numa masmorra onde uma longa penitência toda feita de leituras e reflexões o fará ver um novo sentido para a vida assim como novos usos para sua força e habilidade descomunais. Os caminhos rumo à plenitude do ser jamais são fáceis, e em seus anos de peregrinação em busca da perfeição tanto espiritual quanto guerreira enfrentará os mais diversos adversários, tendo inclusive que sair-se várias vezes de situações desesperadoras. É numa dessas situações que, totalmente acuado, usará pela primeira vez, em meio ao calor da luta e quase inconscientemente de início, a surpreendente técnica das duas espadas, o estilo Niten ichi, que o tornaria famoso pelo resto dos tempos.Eiji Yoshikawa dividiu sua obra em sete livros: A Terra, A Água, O Fogo, O Vento, O Céu, As Duas Forças e A Harmonia Final. Destes, os cinco primeiros são uma referência ao gorin, os cinco elementos básicos de que se compõe, segundo o Budismo, toda e qualquer matéria, ou ainda os ciclos por que passa o espírito humano para alcançar a perfeição, começando pela terra impura até atingir o estágio mais alto, o céu, ou segundo a concepção budista, a paz do nada, o nirvana.Yoshikawa compõe portanto ao longo dessa longa obra uma magistral metáfora dos duros estágios por que tem de passar um guerreiro para alcançar a perfeição técnica que lhe permite lutar com uma espada em cada mão. De garoto selvagem e sanguinário, Musashi transforma-se aos poucos em guerreiro equilibrado, um espírito evoluído capaz de entender e amar tanto a esgrima quanto as artes, tornando-se assim o maior e mais sábio dos samurais.
Após terminar de ler estes livros, pensei, "vai ser difícil encontrar outro romance como esse", já se passaram cerca de 10 anos e realmente ainda não li nada que me desse o mesmo prazer de ler a trajetória deste samurai. Recomendo a leitura, é um livro gostoso de ler, daqueles que você quer saber o que esta na linha de baixo, no próximo parágrafo, na próxima página, no próximo capítulo, no fim do livro. Todas as pessoas que conheço que leram o romance não se desapontaram com a minha indicação, uns disseram que não era tudo isso que falei, outros, disseram que é mais do que falo, mas ninguém disse: não gostei.
um grande abraço,
Marco Aurelio

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Dançando ao redor do mundo

Continuando a bailar, paramos agora no Japón, terra de meus avós.
Trouxe uma festa japonesa, chamada Bon odori, o video apesar da má qualidade, explica muito bem a festa e mostra uma dança tradicional.
Essa festa acontece anualmente, e qualquer um pode participar, não é preciso ter os olhinhos puxados, segue o video:



grande abraço,
até a próxima...
daria todo meu conhecimento por um décimo do que desconheço.

Marco Aurelio

quarta-feira, 7 de maio de 2008



O Valor do Amargo.

Em uma palestra sobre os cuidados no preparo do café, um barista comentava as diversas variedades de qualidade e sabores que um simples cafezinho possa apresentar. É claro que eu não sou um especialista no tema, mas sou um grande apreciador dessa bebida. Por isso acredito que o amargo presente no café, talvez seja o grande responsável pelo seu sabor extremamente marcante e inconfundível. No decorrer do desenvolvimento humano, as experiências consideradas mais “amargas” são as que realmente marcam um individuo não que com as experiências prazerosas isso não ocorra, mas não com tanta intensidade que as experiências de desprazer. Em momentos prazerosos, onde a felicidade predomina em uma experiência, nosso contato com a realidade é muito precário, não observamos a realidade com tanta eficiência quanto em uma experiência de desprazer. É só tentar observar o tempo em uma situação prazerosa, parece que as horas passam muito mais rápido do que em uma situação de desprazer. É como que a felicidade fosse uma espécie de sublimação da realidade, uma fuga da mesma, uma maneira de enganar a nossa percepção frente a um acontecimento. Em experiências cujo sofrimento é mais acentuado, o nosso contato com a realidade está mais intenso, fazendo com que nossa percepção transpareça uma situação de forma mais honesta, sem a distorção da realidade que a felicidade possa nos iludir de uma situação. Enfatizamos uma experiência de desprazer com maior intensidade do que uma experiência prazerosa, exemplo disso é o sentimento de perda, onde aprendemos a conviver com tal evento, mas nunca o superamos, sempre que ocorrer uma experiência que conduza a lembrança dessa perda, os sentimentos inerentes a esse processo retornam. Por isso utilizamos a felicidade para não entrar em contato com essas experiências “amargas”, como um mecanismo de defesa da realidade. Mas são esses eventos que nos fazem olhar a nossa vida de outra maneira, valorizado aspectos que não percebíamos anteriormente ou ignorávamos por algum motivo. O amargo determina um principio fundamental no desenvolvimento de um individuo. É através das experiências amargas que o processo de aprendizagem ocorre com maior eficiência, auxiliando o mesmo em suas interações futuras com o meio e consigo próprio. Assim como o café, o amargo de nossas experiências talvez seja o grande significado de nossa existência.

Ricardo Marcon

terça-feira, 6 de maio de 2008



Resolução de problemas: o motor propulsor do saber escolar da matemática

Duas variáveis podem ser destacadas após analisar o discurso científico e educacional: o tempo didático e o tempo de aprendizagem.
O tempo didático é classificado como o tempo marcado nos programas escolares e nos livros didáticos, com o objetivo de cumprir uma exigência legal. Este tempo prevê um caráter cumulativo e irreversível para formalizar o saber escolar, implicando que é sempre possível enquadrar a aprendizagem deste saber escolar em um determinado espaço de tempo. Existe uma crença de que é possível comparar a aprendizagem à linearidade da apresentação do saber matemático, como se ela fosse sempre seqüencial, lógica, puramente racional e organizada através de uma lista de conteúdos.
O tempo de aprendizagem é classificado como o tempo necessário para o aluno superar os bloqueios e atingir uma nova posição de equilíbrio, sendo que está mais vinculado com as rupturas e conflitos do conhecimento, exigindo uma permanente reorganização de informações, caracterizando a complexidade do ato de aprender. Este tempo, ao contrário do tempo didático, não é seqüencial e linear, uma vez que é sempre necessário retomar concepções precedentes para transformá-las, sem esquecer que cada sujeito (aluno) possui o seu próprio ritmo para conseguir fazer isto.
Esses dois tempos podem ser bem compreendidos através de uma especificidade do ensino da matemática, a resolução de problemas, a qual caracterizo como o motor propulsor do saber escolar da matemática. O problema sempre envolve uma relação entre o que já se encontra assimilado e o novo conhecimento. A partir daí, para ocorrer à aprendizagem, é preciso que ocorra a superação das contradições existentes na dialética entre o novo e o antigo. Porém, essa superação não é mensurável em termos quantitativos e definitivos, fazendo com que um determinado conteúdo permaneça como um bloqueio para o aluno, mesmo após muito tempo em que lhe foi apresentado. Este é o caso em que o aluno carrega, por vários anos, dificuldades referentes à aprendizagem de conteúdos estudados nas primeiras séries de escolaridade, gerando os conhecidos “traumas” pela resolução de problemas, devido à experiência escolar particular por ele vivenciada.


Para finalizar deixo um texto, que retirei do site http://paginas.terra.com.br/educacao/calculu/Artigos/Curiosidadesmat/proferrado.htm

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao Colégio, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista".
Conversa com os outros professores,
está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno,
não tem vocabulário.
Exige, é rude. Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".
É, o professor está sempre errado, mas se
você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Sergio Alencar
Que hoje o dia seja mais belo que ontem e pior que amanhã.
Contato: sergiomatematica@yahoo.com.br

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ser e ter



Para aqueles que já assistiram, deixem um comentário desse ótimo filme, para os que não assistiram, estão esperando o que? Aluguem, comprem e assistam, e então venham postar.

até mais,

Marco Aurelio